quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Não temos emprego, mas temos muito trabalho

Nesta era pós-moderna incerta e insegura dominada pelo neoliberalismo globalizado, o emprego formal está cada vez mais raro. Na área de comunicação/jornalismo é bem assim. Paradoxalmente, quanto menos emprego se nos oferecem, mais tarefas de comunicação a formatação sócio-econômica da atualidade exige, uma vez que a tal da comunicação é o suporte da pós-modernidade. Fui orientador, ano passado, de um quarteto de rapazes apaixonados pelo Jornalismo, sintoma este fundamental para aqueles que se propõem à profissão. Pesquisaram durante um ano e desenvolveram uma proposta de site jornalístico multimídia sobre futebol, outra paixão do quarteto. Desenvolveram também uma agência de notícias esportiva totalmente virtual, antenada com a forma de trabalhar do nosso tempo e com as necessidades dos veículos de comunicação de hoje. Não temos emprego, mas temos muito trabalho. Emprego para jornalistas? Diploma para jornalistas? O que é preciso é saber fazer; e o curso de Jornalismo, pelo menos o nosso, ensina àqueles que querem aprender. Ensina até a como empreender e viver do seu próprio trabalho, sem ter que depender de emprego. Veja lá se tenho ou não razão. http://www.noticiafc.com

2 comentários:

  1. Olá Zanei. Gostei da proposta do Blog.
    Este texto é muito verdadeiro. Tenho apenas uma emprego em fotografia: monitor na escola Omicron. Trabalho todos os sábados, assalariado, das 8h30 às 17h30. Fora isso, durante a semana, só trabalho e nada de emprego. Corro pra lá e pra cá, faço fotos, tratos fotos, edito e vendo fotos. Assim vai. É o melhor emprego do mundo. Horários flexivos, preços negociáveis, possibilidades artísticas infinitas. O melhor: nada de escritório, secretária, cafezinho, 13º; muita diversão. E é claro, trabalho.

    Sensacional o site do seu quarteto, Zanei. O site deles é mais bonito e interessante que o da Folha.

    Abraços!

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  2. É vero, como diria meu saudoso papai, descendente de italianos. Trabalho, um monte e em áreas afins, inclusive. Assessorias, por exemplo. Mas remuneração,só por uma e olhe lá que não é essas coisas... Sem dúvida, Jornalismo é uma profissão que caminha para a extinção ou, no mínimo, total desvirtuamento do que experimentamos até agora como funções específicas.
    Abraços fraternos.

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