quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Não temos emprego, mas temos muito trabalho

Nesta era pós-moderna incerta e insegura dominada pelo neoliberalismo globalizado, o emprego formal está cada vez mais raro. Na área de comunicação/jornalismo é bem assim. Paradoxalmente, quanto menos emprego se nos oferecem, mais tarefas de comunicação a formatação sócio-econômica da atualidade exige, uma vez que a tal da comunicação é o suporte da pós-modernidade. Fui orientador, ano passado, de um quarteto de rapazes apaixonados pelo Jornalismo, sintoma este fundamental para aqueles que se propõem à profissão. Pesquisaram durante um ano e desenvolveram uma proposta de site jornalístico multimídia sobre futebol, outra paixão do quarteto. Desenvolveram também uma agência de notícias esportiva totalmente virtual, antenada com a forma de trabalhar do nosso tempo e com as necessidades dos veículos de comunicação de hoje. Não temos emprego, mas temos muito trabalho. Emprego para jornalistas? Diploma para jornalistas? O que é preciso é saber fazer; e o curso de Jornalismo, pelo menos o nosso, ensina àqueles que querem aprender. Ensina até a como empreender e viver do seu próprio trabalho, sem ter que depender de emprego. Veja lá se tenho ou não razão. http://www.noticiafc.com

segunda-feira, 2 de março de 2009

Quem são os donos da mídia no Brasil?

Um bom lugar para estudantes e profissionais de comunicação obterem o perfil dos grupos de mídia no Brasil e, com os dados obtidos, conhecer o "ambiente organizacional" da comunicação nacional é o site Os donos da mídia (http://www.donosdamidia.com.br). O site é bem organizado e de navegação eficiente. Lá encontram-se informações sobre emissoras e retransmissoras de rádio e TV, operadoras de TVs por assinatura, revistas e jornais. Não precisa nem dizer que evidencia-se no site hegemonia é da Globo, e um bom observador perceberá o crescente "filão" da comunicação religiosa.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

PUCPR saiu na frente

Faz alguns anos que ensinamos no curso de Jornalismo da PUC que o jornalista na atualidade teria que ser "convergente" ou "multimídia", ou seja, ter a capacidade de produzir, editar e enviar seu material do local onde a cobertura está sendo feita para os diversos veículos do grupo ao qual trabalha. Muito bem: o Extra recentemente colocou todos os seus repórteres trabalhando desta forma, enviando suas matérias em tempo real para o site e para o jornal impresso. No site laboratório CuritibaAgora.com já fazemos isto há alguns anos, com repórter produzindo matérias em texto, fotos, matérias para rádio e TV, todas publicadas no site. A idéia é preparar os futuros jornalistas para produzir matérias sobre o tema coberto para todas as mídias possíveis.

domingo, 22 de fevereiro de 2009

Ai que inveja, Rafael!

Uma noite destas acompanhei pela TV Paraná Educativa uma entrevista com o jornalista Ignacio Ramonet, editor do Le Monde Diplomatique. Entre os entrevistadores estava o jornalista e músico Rafael Martins, com quem tive o privilégio de trabalhar na Editoria de Política da Gazeta do Povo. Confesso, Rafael, que fiquei com uma pontinha de inveja (se há uma conotação positiva para esta palavra, este o sentido que desejo). Ramonet, na minha opinião, é o melhor exemplo de visão lúcida e crítica do jornalismo. Utilizo seus livros nas minhas aulas e como base para alguns de meus trabalhos acadêmicos, o que desencadeia debates altamente produtivos. Ah, Rafael, minha admiração por Ramonet não é maior que admiração que tenho pelo profissional e pela pessoa que você é. Daí o orgulho e "inveja" em vê-lo entrevistando Ramonet.

sábado, 21 de fevereiro de 2009

Folha de S. Paulo passa a ser jornal de análise

Conforme vínhamos antecipando em nossas aulas nos últimos anos, a tendência dos jornais diários em se tornarem jornais de análise está se concretizando. O grupo Folhas começou a reestruturar-se e a mudança principal será na linha editorial da Folha de S. Paulo, que passa a ser um jornal de análise. Caberá ao site da Folha a publicação das notícias assim que ocorram, e ao jornal interpretá-las no dia seguinte. Vamos ver como a Folha se sai nesta experiência, que, se bem sucedida, certamente será seguida por outros jornais, que hoje quase não trazem novidades a quem acompanha o noticiário diário nos sites, rádios e TVs. A mudança significa oportunidade para os jornalistas que pensam, pois a analisar notícias requer, no mínimo, inteligência e informação.